sexta-feira, 21 de agosto de 2009
Pel Caç Nat 60 Guiné 68/74 -P04:Ser ou não ser
Ser ou não ser! o pelotão de caçadores 60 e um pelotão da companhia, que estava em São Domingos em Setembro de 68...
Foram incombidos da seguinte missão, reabrir uma estrada que estava desactivada á alguns anos...
Pel Caç Nat 60 era comandado pelo Alf Mil Almeida e o pelotão de São Domingos era comandado por Alf Mil Luís Barros.
A coluna era constituída por quatro viaturas e cerca de sessenta homens.
Esta estrada encontrava-se a 20Km de São Domingos no sentido, São Domingos Susana, á esquerda.
Na frente ia o pelotão 60 Com catanas e machados, a cortar a mata e o pelotão do Alf Mil Luís fazia segurança.
Foram necessárias três horas de grande trabalho para limpar a estrada. Necessitaram de cortar árvores e o mato estava muito fechado e alto.
Quando foram vencidos os últimos metros, os nossos olhos depararam com uma beleza natural de árvores altas formando uma abóbeda, com algumas leanas ficando a poucos centímetros do chão.
Já não se ouvia o barulho dos machados, dos motores das viaturas, era o descanso do guerreiro.
Os homens conversavam havia como uma anarquia, não havia segurança, nem as viaturas ficaram em posição de poder sair dali se ouvesse uma emboscada...
Mas aconteceu que o Alf Mil Luís tinha uma espingarda de caça, e na sua frente havia uma bolanha e como magia ali bem na sua frente apareceu como por encanto, um belo exemplar, uma gazéla.
Alf Mil Luís levou a espingarda á cara fez pontaria e disparou e acertou, ferindo a gazéla.
Um soldado, sem esperar qualquer ordem saío correndo na direção da gazéla, de faca de mato na mão o animal debatia-se na agonia da morte, o soldado acabou com a vida da gazéla.
No momento em que colocava a gazéla as costas, ouvio-se duas rajadas de metralhadora.
Foi a debandada geral e a confusão depois foi as viaturas que tiveram que manobrar para sair dali...
homens e viaturas corriam pela estrada acabada de abrir, só parámos no quartel de São Domingos.
[SER O NÃO SER]
Seria o In ou não?
Pois essa era a questão...
No dia seguinte três pelotões armados até aos dentes cercaram o local...
A aproximação foi feita como mandam as regras, resultado havia uma tabanca, onde vivia um casal com dois filhos.
Havia realmente uma metralhadora de fabrico russo, mas tinha sido o homem em questão que a tinha apreendido ao In.
E não é que tinha um documento passado pelo Batalhão...
No mesmo documento constava que já tinha tido em seu poder uma Mauser...
Constava que era para sua defesa.
Assim se põe em fuga 60 homens.
Manuel Seleiro
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2 comentários:
Manuel Parabêns por mais este teu blog, que tem a magia de encantar a malta do nosso tempo que por lá passou, eu também tenho muitas estórias mas as minhas felismente são dentro do arame farpado, nunca saí do qurtel mesmo que sai-se não fazia mal porque era uma cidade, mas como eramos um pelotão de apoio directo,não sei se sabes o que isso era, pertenciamos todos ao Serviço de Material, o que quer dizer que todos tinhamos uma especialidade, percebes uns mecanicos,outros electrecistas outros padeiros,outros serralheiros,enfim era assim o nosso pelotão e então tudo o que era viaturas minadas das unidades pertencentes ás nossa zona,eramos nós que íamos buscálas e arranjavamos,as que tinham arranjo algumas eram sucata mesmo,depois mado-te algumas fotos,mas como estive em Angola e não na guiné se calhar naõ queres mesturar as coisa,depois qualquer coisa sim um abraço Rui Seleiro
Bom dia,
Olá Rui.
Tudo bem com vocês?
Por aqui está tudo bem.
Este blogue é dedicado só a Guiné.
O teu comentário, é o primeiro...
Quanto ao teu pelotão fazia parte da ccs...
Um abraço, Rui.
Manuel Seleiro
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