(Pel Caç Nat 60 )

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Pel Caç Nat 60 Guiné 68/74 - P22: O emblema e o Macaco




(O emblema e o Macaco)
S. Domingos ano de 69:
Para situar a história do emblema e o macaco, para quem teve em S. Domingo, de certo se lembra daquela avenida que partia do quartel em direcção ao Rio.
NA direita da dita avenida mais ou menos a meio, havia por ali uma tasca, que servia como prato da casa bife de Macaco…
Uma bela tarde passava eu por ali junto a tasca, metido com os meus pensamentos quando de repente senti que alguma coisa me puxava a manga da camisa, não reagi logo olhei a esquerda e a direita e não vi nada…
Não havia por ali ninguém a não ser a porta da taberna que estava aberta.
Decorridos alguns minutos, comecei a ouvir uns guinchos que me parecia ser de Macaco, olhei na direcção de onde partiam os guinchos, acima da minha cabeça, bem lá no alto de um poste estava um Macaco Cão com o meu emblema.
E como ele se divertia a olhar para o emblema e quando ameaçava mais ele saltava de contente.
O dono da taberna deu-se conta da situação e veio em meu auxílio, fazendo várias ameaças o que o Macaco se divertia, foi só quando ele usou de uma certa violência que o Macaco resolveu mandar com o emblema para o chão.
Brincadeiras de Macaco:
Resultado a manga da camisa rasgada e uns arranhões no braço.
Ainda hoje me pergunto:
Será que a presença do Macaco ali não era sinónimo, que o prato da casa era precisamente o bife de Macaco…

Manuel Seleiro
DFA
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quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Pel Caç Nat 60 Guiné 68/74 -P21: Equipa de futebol do Pel Caç Nat 60







Equipe de Futebol do Pel Caç Nat 60.
S. Domingos ano de 69

Muitas vezes para desanuviar a tenção, provocada pelas contínuas saídas para o mato...
eram criados torneios de futebol, onde participavam equipas da companhia de cavalaria 2539 e o Pel
Caç Nat 60...
Em Ingoré no ano de 68 quando do aniversário da Caç 1801 houve um torneio com as equípas do

destacamento de Barro, o pel caç nat 60 e uma equipe da 1801, em que saío vencedor o pel caç nat 60...

Para a lém de um contra-relógio de ciclismo com elementos da caç 1801 e o pel caç nat 60.
Nesse dia houve rancho melhorado...

ManuelSeleiro
DFA
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terça-feira, 24 de novembro de 2009

Pel Caç Nat 60 Guiné 68/74-P20: A quarenta anos em Nhambalã!






A Quarenta anos em Nhambalã:

Nhambalã?

O blog do pelotão 60 começa adar os seus frutos...
O primeiro telefonema, foi do camarada João Félix Dias Fur Mil da CCAV

2539.
Recorda o Félix que fez várias tentativas para me localizar, foi

através do blog do pelotão de caçadores 60 que me encontrou.
E as novidades não ficaram por aqui, ontem a noite tinha um comentário

ao post 16 as duas héro naves da FAP que mais voavam na Guiné.
Foi com emoção que li o comentário da esposa do Alf Mil Nélson

Gonçalves.
No dia 15 de Novembro falei com o Alf Mil Nélson ao telefone, foi uma

cascata de emoções e recordações...
Desde aquele fatídico dia 13 de Novembro de 69 que não nos

encontrávamos...

Nhambalã!

Manuel Seleiro
DFA
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segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Pel Caç Nat 60 Guiné 68/74-P19: Estive em S. Domingos 68/69

Mensagem de José Espadana:
Enviada a 23-11-2009

PERTENCI AO BAT.CAÇ.1933. COMP. 1790,1791, 1792. ESTIVE EM S. DOMINGOS EM 68 REGRESSÁMOS EM AGOSTO/69. SABE-SE POUCO DO MEU BATALHÃO.AGORA COM O CARLOS SILVA É QUE COMEÇARAM A APARECER ALGUMAS NOVIDADES QUE PODEM SER VISTAS EM http://www.carlosilva-guine.com/. PENSO QUE PELA 1ª VEZ APARECEM CERCA DE 70 FOTOS DE S.DOMINGOS. ERA CONDUCTOR E PRESTEI SERVIÇO NA MESSE DE OFICIAIS. ESTIVEMOS LÁ, MAS HÁ SITUAÇÕES QUE JÁ NÃO RECORDO.PASSARAM 40 ANOS.É MUITO TEMPO.LEMBRO-ME ÁS VEZES DA MINHA LAVADEIRA ,SÓNIA DO CUPILON, TINHA 14 ANOS.COMO ESTARÀ AGORA? REFORMEI-ME´HÁ POUCO E AGORA VOU PRESTAR MAIS ATENÇÃO .JUNTO ENVIO DUAS FOT. UMA ACTUAL OUTRA DOS VELHOS TEMPOS.
COMAND.TEN. COR.ARMANDO VASCO DE CAMPOS SARAIVA. TEVE UM ACIDENTE COM UMA MINA AO FUNDO DA PISTA.FICOU SEM AS DUAS PERNAS.FALECEU HÁ CERCA DE 3 ANOS.José Espadana
ESTAMOS VIVOS. UM ABRAÇO CAMARADA.

Manuel Seleiro
DFA
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Pel Caç Nat 60 Guiné 68/74 -P18: Tributo aos Combatentes Africanos



“Tributo aos Combatentes Africanos”

Mas a nossa intenção não é contar a história de um dos muitos militares que estiveram
num dos teatros de operações na época. Pretendemos sim, prestar homenagem
àqueles que, mesmo querendo, não conseguem fazer ouvir a sua voz ou publicar os
seus escritos, talvez mais extensos do que outro qualquer militar metropolitano: os
militares Africanos.
Mas, na realidade, a referência às unidades do Exército, não esquecendo os outros
ramos das Forças Armadas, deve-se à impossibilidade de referir todos e cada um dos
cerca de 7.500 militares africanos que combateram ao lado dos metropolitanos.
Também há que referir as unidades de milícias, uma força paramilitar mal armada e
muitas vezes mal instruída, assim como os caçadores civis, os guias, os carregadores
os assalariados e outros, que também prestaram uma valiosa contribuição no esforço de
guerra junto das unidades militares.
Quando passei por aquela terra, na unidade em que servi, conheci soldados cujo
número mecanográfico terminava em 61, ou seja, tinham sido alistados em 1961 e, há
poucos anos, ao ler relatórios sobre a minha companhia, datados de 1973 e 1974, lá
constavam soldados alistados naquele ano. Isto quer dizer que houve homens –
soldados africanos - que cumpriram 13 anos de tropa o que equivale a 13 anos de
guerra, e que, na realidade, é muito tempo.
Em 1959/1960, com a nova orgânica das unidades nos territórios ultramarinos, foram
atribuídas à Guiné três companhias de caçadores indígenas e um grupo de artilharia de
campanha, no que concerne a tropas operacionais. Em 1960 já estavam criadas a 1ª
CCaçI e a 4ª CCaçI, assim como o Grupo de Artilharia de Campanha 7. A 3ª CCaçI foi
criada em Agosto de 1961. Estas unidades eram constituídas por praças africanas,
enquadradas por oficiais, sargentos e praças especialistas europeus. Estima-se que
nesta altura haveria cerca de 1.000 elementos africanos nas forças armadas
Com a chegada de unidades de reforço à província, muitos militares do recrutamento
local, foram atribuídos a essas unidades, transitando para as que vinham substituir as
anteriores.
A partir de 1966, os africanos foram chamados a uma intervenção mais activa no
esforço de guerra. Foi iniciada a constituição de Pelotões de Caçadores Nativos
(PelCaçNat) tendo sido formados sete pelotões numerados de 51 a 57. Estas unidades
eram comandadas por um oficial com a patente de alferes, coadjuvado por furriéis e

“Tributo aos Combatentes Africanos”
de: José Martins
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praças especialistas europeias, uma estrutura adaptada à sua dimensão – entre 30 a 40
homens. Neste ano subiu, para 3952, o número de tropas locais em serviço.
O ano de 1967 foi um ano de viragem. As companhias de Caçadores existentes foram
redenominadas e transformaram-se nas CCaç 3 (ex-1ª CCaçI), CCaç 5 (ex- 3ª CCaçI) e
CCaç 6 (ex- 4ªCCaçI), além da formação de mais um PelCaçNat o nº 58.
Em 1968 foram criados 11 novos PelCaçNat, a quem foram atribuídos os números de 59
a 69, e em 1969 foram criadas as CCaç 11, 12, 13 e 14, a partir das CArt 2479 e CCaç
2590, 2591 e 2592, que já tinham uma constituição igual às anteriores companhias
existentes do recrutamento local ou foram adaptadas.
No período entre 1970 e 1973 foram constituídas mais sete companhias de
recrutamento local, as CCaç 15, 16, 17 e 18 (em 1970), a CCaç 19, (em 1971) e as
CCaç 20 e 21 (em 1973). Em 1973 foi, também, constituído o Pel.Caç.Nat 70.
A partir das antigas equipas de comandos, nas quais já se integravam muitos militares
africanos, foi constituída a 1ª Companhia de Comandos Africanos (1969) seguida da 2ª
CCmdsA (1971) e 3ª CCmdsA (1973), constituindo, neste ano, o Batalhão de Comandos
da Guiné.
Esses foram os verdadeiros heróis que, batendo-se nas mesmas condições de que
qualquer militar metropolitano, já lá se encontravam quando chegávamos e lá
continuaram quando partíamos, e a maioria lá ficou quando, ao abrigo do Acordo de
Alvor, datada de 26 de Agosto de 1974, entregaram as armas [artigo 17º do anexo ao
Acordo: “As forças armadas portuguesas obrigam-se a desarmar as tropas africanas sob
o seu controle. A Republica da Guiné-Bissau prestará toda a colaboração necessária
para o efeito.] e, receberam um punhado de dinheiro [artigo 24º do anexo ao Acordo: A
Delegação do PAIGC regista a declaração do Governo Português de que pagará todos
os vencimentos até trinta e um de Dezembro de mil novecentos e setenta e quatro aos
cidadãos da Guiné Bissau que desmobilizar das suas forças militares ou militarizadas,
bem como aos civis cujos serviços às forças armadas sejam dispensados.], tiveram que
regressar às tabancas e iniciar uma vida para a qual não havia, e provavelmente ainda
não há, futuro promissor. Foram estes homens que, vivendo com as famílias a seu lado,
se despediam delas sem saber se voltavam da operação de combate em que iam
participar. Foram estes homens que, faziam amizade com “o branco”, mas este
terminada a sua comissão de serviço regressava, mas ele “o preto” ficava e continuava
a luta.
Foram destes homens que se ouviu, muitos anos depois, frases como a que Assumane,
um “mecânico de bicicletas” em Bissau, que tinha percorrido toda a região do Gabú
quando foi soldado respondeu, quando lhe perguntaram porque não continuou no

“Tributo aos Combatentes Africanos”
de: José Martins
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exército depois da independência: “Eu jurei bandeira do português, não pode jurar
duas bandeiras”.
3ª C. CAÇ I
Nova Lamego - 1962/1967
4ª C. CAÇ I
Bolama - 1962/1967
C. CAÇ. 3
Barro/Cacheu - 1967/1974
C. CAÇ. 5
Nova Lamego -
1967/1974
C. CAÇ. 6
Bedanda -
1967/1974
C. CAÇ. 11
1970/1974
C. CAÇ 12
Bambandinca -
1970/1974
C. CAÇ. 13
Bissorã -
1969/1974
C. CAÇ 14
Bolama -
1970/1974
C. CAÇ. 15
1970/1974
C. CAÇ. 16
1970/1974
C. CAÇ. 17
1970/1972
C. CAÇ. 18
1971/1973
PEL. CAÇ. NAT. 51
1966/1974
PEL. CAÇ. NAT. 52
1966/1974
PEL. CAÇ. NAT. 53
1966/1974
PEL. CAÇ. NAT. 55
1966/1974
PEL. CAÇ. NAT. 57
1967/1974
PEL. CAÇ. NAT. 58
1967/1974
PEL. CAÇ. NAT. 60
1968/1974
PEL. CAÇ. NAT. 69

“Tributo aos Combatentes Africanos”
de: José Martins
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Batalhão de Comandos da Guiné
PELOTÃO DE MILÍCIAS 169
(Guiné 1965)
PELOTÃO DE MILÍCIAS 410
Companhia de Milícias de Jugudul
Guiné 1973/1974
GRUPOS ESPECIAIS
(Guiné )
Retirado, com a devida vénia, de http://brasoes.home.sapo.pt

“Tributo aos Combatentes Africanos”
de: José Martins
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O Autor:
Nascido em Leiria em Setembro de 1946, foi recrutado em Julho de 1967 tendo
frequentado o Curso de Sargentos Milicianos. Foi mobilizado e embarcou para a Guiné
em Maio de 1968, onde foi integrado na Companhia de Caçadores nº 5, unidade do
recrutamento local do Comando Territorial Independente da Guiné, até Junho de 1970,
data em que regressou, passando à disponibilidade no mês seguinte.
1968/1970 – Furriel Miliciano de Transmissões de Infantaria
Nova Lamego e Canjadude - Guiné
2008 – Técnico Oficial de Contas – Grande Lisboa

Nota de Manuel Seleiro.

Texto em PDF:
Enviado pelo João Manuel Félix Dias Fur Mil da companhia de Cavalaria-2539.
Manuel Seleiro

DFA

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segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Pel Caç Nat60 Guiné 68/74-P17: Emblema do Pel Caç Nat 60


Camaradas do pelotão de Caçadores Nativos 60.
Quero aqui fazer um pedido:
O nosso pelotão tinha um emblema, seria e interessante se algum dos camaradas tivesse essa preciosidade...
O blog do pel Caç Nat 60 ficava muito agradecido.
E dava outro destaque ao blog...
Desculpem a modéstia, mas o emvlema era mesmo bonito!

Manuel Seleiro
DFA
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quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Pel Caç Nat 60 Guiné 68/74-P16: As duas héro naves da FAP que mais voavam na Guiné




S. Domingos 69/70

Pel Caç Nat 60
Dois dos meios aérios da FAP mais utilizádos na Guiné.
O helicóptero e a avioneta, esta mais conhecida como dorniér...
Duas das aéro naves de características técnicas diferente na maneiras de atuar nos diverssos

teatros de operações.
Máquinas que voavam diáriamente, de Bissau para os diverssos destacamentos...
Era o meio de transporte mais rápido, na evacuação de feridos para o Hospital...
No transporte de pessoal e uma coisa que era sempre esperada com grande ansiadade era o correio.
Qualquer destes meios não aterrava sem que fosse feita segurança a pista.
As fotografias mostram duas dessas aéro naves a dorniér na pista do quartel, de S. Domingos e o

helicóptero que pousou no quartel de Ingoré...

Manuel Seleiro
Primeiro cabo
DFA
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domingo, 8 de novembro de 2009

Pel Caç Nat 60 Guiné 68/74-P15:A volta dos tristes



S. Domingos

A volta dos tristes:

Não sei que comandante mandou elaborar esta norma que constava do seguinte:
Todos os dias depois do jantar um pelotão saía do quartel depois de saír andavámos uns 400 metros

e entravamos num trilho á direita do arame farpado e seguiamos paralelamente ao quartel,

continuávamos a contornar pelo topo do quartel e da pista.
De novo paralelamente á direita do arame farpado.
Aqui saíamos do trilho uns vinte metros e ficávamos aqui embuscados, até cerca das 23h30min...
Depois regressávamos ao quartel. Alguém lhe chamou a volta dos tristes.
Em 68 quando cheguei a S. Domingos já esta norma estáva em vigor.
Um ano depois quando regressámos a s. Domingos a volta dos tristes continuava...
Uma noite estáva o pelotão 60 embuscado a 300 metros do arame farpado quando ao longe se ouviu um

tiro, em seguida um soldado do pelotão 60 disparou a G3...
O sentinela que estava na torre junto a pista disparou várias rajadas na direcção onde nós

estávamos embuscados...
A nossa protecção era o capim e nada mais! colámo-nos ao chão e fomos rastejando até á pista onde

o Alf Mil Nélson Gonçalves e o restante pessoal branco saíu correndo com os braços no ar e

gritando para o sentinela que era o pelotão 60 enquanto os soldados africanos continuavam

deitados no capim não fosse o diabo tecê-las...

Manuel Seleiro
DFA
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sábado, 7 de novembro de 2009

Pel Caç Nat 60 Guiné 68/74-P14: Chão que nós pisamos!


Mensagem do nosso camarada Bernardino Parreira Fur Mil da CAV. 3365-s. Domingos 71/73
Com data de 07-11-2009



Chão que nós pisamos!

Camarada Manuel Seleiro,

Fiquei muito sensibilizado ao ler, no teu blogue, a descrição do
acidente que sofreste. Tendo lá assistido a alguns acidentes ocorridos
em idênticas circunstâncias, posso garantir-te que me parecia que
estava a rever essas tragédias passados 38 anos. Eu era um dos
furrieis do pelotão comandado pelo Alferes Fortuna, dirigente da ADFA,
que numa saída para o mato, quando ele procedia à desmontagem de uma
mina, que estava armadilhada, a mesma explodiu. Não vou entrar em
pormenores, porque isso só ele poderá fazer, mas terei para sempre
gravadas na minha memória essas imagens de horror. Ele também perdeu a
visão.
Pelas datas, dá-me ideia que tu estavas a acabar a comissão na Guiné
quando ocorreu o acidente. Só quem passou por aquela maldita guerra
sabe o medo que tinhamos das minas, principalmente nos últimos meses
de comissão, que parecia que o tempo nunca mais acabava. Eu estive
cerca de 24 meses na Guiné, entre 71/73 , e regressei em Março/73.
Nas saídas para o mato, quer de dia quer de noite estive inúmeras
vezes sentado nos marcos que referiste que íam pintar nesse fatídico
dia.
A sede do meu Batalhão, B. CAV. 3846, era em Ingoré, e a minha
companhia 3365 estava em S. Domingos, outra estava em Susana, e a
outra em Olossato.
A propósito dos marcos e da fronteira que nós tão bem conhecemos, aí
te envio uma notícia que não sei se tens acompanhado, que tem a ver
precisamente com esses marcos da divisão da linha de fronteira da
Guiné com o Senegal.

Um grande abraço deste amigo algarvio,

Bernardino Parreira

Resposta de Manuel Seleiro
Caro camarada Parreira, a nossa missão nesse dia era pintar os marcos que fazia a fronteira com o Senegal/Guiné Bissau.
O acidente do Alf Mil Fortuna foi no mesmo trilho onde ocorreu o meu...
Conheci o Fortuna em Barcelona/clinica Barraquer...

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UOL NOTÍCIAS
04/11/2009 - 19h46
Militar guineense descarta litígio com Senegal por fronteira
Bissau, 4 nov (Lusa) - O chefe do Estado-Maior Geral das Forças
Armadas (CEMGFA) da Guiné-Bissau, José Zamora Induta, afastou nesta
quarta-feira qualquer hipótese de conflito com o Senegal, mas insistiu
na necessidade de a fronteira entre os dois países ser respeitada.

"Hoje, no mundo em que estamos, não há hipótese de haver litígios por
causa da delimitação da fronteira, porque os marcos, felizmente,
quando foram feitos têm as coordenadas, mesmo tirando um pilar do
lugar, com GPS consegue-se localizar o lugar. Não há hipótese de haver
problema", explicou o contra-almirante.

Induta fez estas declarações em Suzana aos jornalistas que o
acompanharam em uma visita aos militares guineenses estacionados desde
17 de outubro ao longo da linha de fronteira com o Senegal, entre as
localidades de Ingore, Sedengal, São Domingos e Suzana.

Perguntado pela Agência Lusa sobre o pilar 184, que tem sido o motivo
da discórdia entre Guiné-Bissau e Senegal com cada um dos países que
afirmam que o marco se encontra dentro de seu território, Induta disse
ser necessário ir ao local para que se saiba em que parte o pilar está.

De acordo com o militar, apenas a comissão mista recentemente sugerida
entre os ministros da Defesa dos dois países poderá esclarecer onde se
encontra o pilar 184 e qual sua distância em relação à fronteira
traçada pelos colonos.

"É por essa razão que criamos a comissão mista, para que possamos
saber, efetivamente, onde é que se encontra esse pilar. Não há motivos
para confusão porque esses pilares todos têm coordenadas e, com
aparelho GPS, vamos chegar lá", disse Induta, ao responder à pergunta
da Lusa sobre a localização do marco 184, sobre se está localizado na
parte guineense ou em território senegalês.

Para o chefe das Forças Armadas guineenses, a disputa entre a
Guiné-Bissau e o Senegal "não se trata de um litígio", mas sim visa o
esclarecimento sobre a soberania de cada Estado.

"Eu não chamo isso de litígio. Como disse, a presença do Estado
guineense desde a independência tem sido fraca, de forma que há marcos
que delimitam a fronteira e eles têm que ser vigiados. Não tivemos a
presença devida como devia ter sido e, neste momento, estamos à
procura desses marcos e repô-los nos lugares certos, para que possamos
ter a noção exata do nosso território", afirmou o militar. Sobre a
data em que a comissão mista irá ao terreno para analisar os marcos e,
eventualmente, repô-los em seus devidos lugares, Induta disse que o
assunto compete aos dois governos, mas esclareceu que as Forças
Armadas pretendem agilizá-lo.

Enquanto a comissão não for ao terreno e as partes não chegarem a um
consenso sobre os marcos que terão que ser repostos em seus
respectivos lugares, o chefe das Forças Armadas guineenses afirmou que
os militares do país permanecerão no corredor Ingoré/Varela.

"Os militares estarão cá até quando for entendido que já não devem cá
estar", defendeu Induta.
do UOL Notícias

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Pel Caç Nat 60 Guiné 68/74-p13: O Nhambalã



Fur Mil Rocha do Pelotão Caç Nat 60:




Esta foi a primeira mina anti-carro a ser desactivada sem problemas...
Na estrada São domingos Susana.Na foto o Alf Mil Gonçalves e o primeiro cabo Manuel Seleiro



Este é o buraco provocado pela minaanti-carro, e o estado em que ficou a viatura onde seguia o Alf Mil Gonçalves.
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São Domingos 13-11-69
O pelotão de caçadores 60 e um pelotão da companhia de cavalaria 2539 saíram numa coluna auto para uma missão a Susana/Varela.
A coluna era comandada pelo Alf Mil Nelson Gonçalves do pelotão 60, encontrava-se na terceira viatura que era um hoonimog novinho em folha tinha uma semana...
No dia 13 de Novemvro (não sei se era sexta feira!)
O soldado Guilherme que fazia anos neste dia teve uma sorte incrível, três minutos antes da mina anti-carro ter sido accionada o Guilherme ia a falar com o Alferes Gonçalves junto a roda que accionou a mina anti-carro.
Por um daqueles mistérios que ninguém sabe explicar o guilherme avançou uns cinco metros para a frente da viatura assim excapou a morte certa...
A primeira mina anti-carro foi descoberta e foi desactivada pelo primeiro cabo Seleiro, que está na foto com o Alferes Gonçalves.
A segunda mina anti-carro estava a uns trinta metros mais á frente num local que escapou aos Homens das picas...
Era uma ligeira subida onde o terreno era bastante duro, suponho que o que levou o In a montar a mina naquele local foi que há algum tempo atrás caíra ali uma árvore de grande porte como havia vestígios de alguns ramos e folhas secas, portanto o local certo para colocar a mina...
Na altura da explosão houve uns momentos de supresa, a reacção foi atirarmo-nos para o chão...
Passados os primeiros minutos que antecedem o choque da explosão, esperavamos que houvesse uma emboscada...
Não foi o caso, a minha secção vinha na última viatura. Montada a segurança socorreu-se o Alf Mil Gonçalves que estava gravemente ferido, creio que a secção que ia na GMC na frente da coluna éra comandada pelo Fur Mil Félix Dias da ccav 2539 que seguia com o Alf Mil Gonçalves para São Domingos...
Nós ficamos no local da viatura acidentada, decorridos uns dez minutos ainda não sabíamos do Gama o condutor da viatura, perante o nosso espanto vimos sair do mato um homem mais parecido com um sonâmblo e a sua cara estava mascarrada, o seu olhar ausente o seu andar mais parecia um autómato foi preciso muito tempo para que falasse, mas não sabia o que se tinha passado ali...
Este homem levou muitos dias para recuperar totalmente.
O Guilherme o Soldado de transmições quando se apercebeu no que lhe podia ter acontecido chorava.
Nós só saímos do local cerca das 17:33 minutos com a viatura acidentada para o quartel de São Domingos.

Manuel Seleiro
Primeiro Cabo
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