(Pel Caç Nat 60 )

terça-feira, 18 de agosto de 2015

Pel Caç Nat (60) Guiné 68/74 - P171: 8ª Feira Histórica e Tradicional de Serpa

Serpa no reinado de D. Dinis
8ª Feira Histórica e Tradicional
A 8.ª edição da Feira Histórica e Tradicional de Serpa decorre de 21 a 23 de agosto de 2015, no centro histórico da cidade.
A Feira inclui no seu programa recriações históricas, animação musical, teatro, espetáculos equestres, palestras, oficinas e exposições, entre outras atividades.
A edição deste ano evoca o reinado de D. Dinis (1279-1325).
Com o fim da empresa da “Reconquista”, em 1294, e com a assinatura do Tratado de Alcanizes, em 1297, o monarca deu especial atenção às povoações e fortificações que se localizavam ao longo da fronteira terrestre do reino.
Assim, as obras realizadas por D. Dinis no castelo e nas muralhas de Serpa, que deram origem a três lápides com o brasão do monarca e inscrição, foram acompanhadas pela concessão de carta de foral, outorgada em 1295.
Do ponto de vista económico, as disposições do documento indicam que a pastorícia e a agricultura eram as atividades fundamentais.
Quanto ao comércio, era o pão e o vinho, os panos de lã e linho, o pescado... O foral revela ainda uma sociedade em reorganização, onde é grande a tensão social e política.
Vejam-se as penas que oneravam as violações, o roubo de objetos e de terras e até as dificuldades na travessia de barco do Guadiana, de uma para a outra margem.
Mas nem só a travessia do Guadiana era vigiada. Os caminhos também não eram seguros e o foral pretende garantir a proteção da atividade mercantil, em particular a movimentação de mercadores cristãos, judeus ou mouros.
A regência de D. Dinis assinala um tempo de convivência em paz e tolerância para os três credos.
É este período, o reinado de D. Dinis, que a Feira Histórica e Tradicional de Serpa recorda de 21 a 23 de agosto próximo.
Prima jornada (dia 21, sexta-feira)
18h30 | Conversas na Nora | “Serpa na definição da fronteira portuguesa até ao reinado de D. Dinis” | Dr. Joaquim Boiça, Historiador / Investigador
19h30 | Auto de abertura do mercado e arraial com cortejo pelas ruas do burgo | A bênção pela clerezia | Leitura do Tratado de Badajoz pelo qual Afonso X em 1267 renunciou definitivamente à posse do reino do Garb Al Andalus a favor de D. Dinis, ainda em tempo de seu pai D. Afonso III
20h30 | Visita do meirinho, almotacem e alvazil às tendas dos mercadores para verificação dos pesos e das medidas da vara, do côvado e do palmo, fazendo-se acompanhar pela milícia do almoxarife | Comeres de sabor tradicional e beberes de aroma nas tabernas e locandas do terreiro
21h00 | Bailias e folguedos nos terreiros do mercado
21h30 | As Medievalíadas na Liça: jogos de destreza e perícia com os moços e moças de Serpa para apuramento dos mais afoitos e escorreitos
22h00 | D. Dinis funda o mosteiro de Odivelas e declara guerra a Castela seguindo-se o acordo de tréguas da Guarda, depois ratificado em Ciudad Rodrigo com a entrega ao Reino de Portugal de Moura, Serpa, Aroche e Aracena
23h30 | Espetáculo de malabarismo de fogo sobre a Lenda do Casal Mal-Avindo
24h00 | Concerto musical de índole mourisca com dança do ventre, dança Thanora e a arte do encantador de serpentes
01h00 | Encerramento do mercado e ronda de beleguins
Seconda jornada (dia 22, sábado)
18h30 | Conversas na Nora | “D. Diniz e a Cultura e a Língua Portuguesa”, Prof. Doutor Saul António Gomes, Faculdade de Letras / Universidade de Coimbra
19h30 | Cortejo pelas ruas do burgo | Abertura do mercado e leitura da Carta Régia em que se faz mercê ao concelho com um foral pela mão do próprio monarca, El-Rei D. Dinis
21h00 | Provas de destreza e perícia entre infanções de Cortegana e infanções de Serpa com béstas e arcos na liça
21h30 | Por ordem d’El-Rei D. Dinis, criam-se os corpos de Besteiros do Conto e entregam-se as béstas aos vilões do concelho para defesa do Reino | Ajuramentação e adubamento dos homens de armas
22h00 | Torneio de armas a cavalo na liça e agraciamento da comitiva de cavaleiros do Garb Al Andaluz que vem prestar vassalagem a El-Rei D. Dinis
23h00 | Bailias e monices |Dança Thanora no terreiro dos Paços do Concelho
24h00 | Concerto musical de índole sefardita
01h00 | Apontamentos de fogo grego pelos mouros do Garb Al Andaluz
01h30 | Encerramento do mercado e ronda de beleguins
Terça jornada (dia 23, domingo)
18h30 | Conversas na Nora | “Judeus, Cristãos e Muçulmanos na Cultura Portuguesa: um olhar aquém-Tejo” | Prof. Doutor José António Falcão, Diretor do Departamento Histórico e Artístico da Diocese de Beja
19h30 | Cortejo pelas ruas do burgo | recebimento do emissário do Rei de Leão, primo de D. Dinis, para ajustar os termos do Tratado de Alcanizes sobre as fronteiras entre os reinos de Portugal, Leão e Castela
20h30 | Provas de destreza e perícia com béstas e arcos na liça do castelo
21h00 | Agasalho dos romeiros de Santiago de Compostela com a régia presença de Dona Isabel de Aragão na escadaria
22h00 | Torneio de Armas a Cavalo com adubamento de cavaleiros e investidura dos novos miles | Adopção da língua vulgar pela Chancelaria Régia na escrituração da Corte
23h30 | D. Dinis surpreende a rainha Dona Isabel a distribuir pão aos pobres e do que então sucedeu | Sermão do pregador franciscano sobre os malefícios da alma, ouvindo em confissão a vários penitentes, na escadaria
24h30 | O Milagre das Rosas | Espetáculo de malabares de fogo
01h00 | Encerramento dos festejos | Bailias e folguedos
Em permanência | No espaço do evento | Animação Itinerante | Recriação Histórica e Artes Performativas | Personagens | Rábulas e Estórias | Música e Dança
Org: Câmara Municipal de Serpa, com o apoio do Movimento Associativo, Juntas de Freguesia
Candidatado ao POCTEP_Programa de Cooperação Transfronteiriço Espanha/Portugal e cofinanciado pelo FEDER- Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional, da União Europeia/Investimos no seu Futuro.

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